sexta-feira, 5 de agosto de 2011

MAIÚSCULA.

Tenho tudo que uma mulher pode ter. Um dom de quem vai oca e volta inteira. Um dom de quem ama tímido e aos baldes. Tenho tudo e nem me cabe tanto. Sou maiúscula.

Ele não sabe, não sabe!

Ele não sabe mais nada sobre mim. Não sabe que o aperto no meu peito diminuiu, que meu cabelo cresceu, que os meus olhos estão menos melancólicos. Ele não sabe quantos livros pude ler em algumas semanas. Não sabe quais são meus novos assuntos nem os filmes favoritos. Ele não sabe quantos amigos desapareceram desde que me desvencilhei da minha vida social intensa. Ele não sabe que eu nunca mais me atentei pra saudade. Que simplesmente deixei de pensar em tudo que me parecia instável. Que aprendi a não sobrecarregar meu coração, este órgão tão nobre. Ele não sabe que tenho estado tão só sem a devastadora sensação de me sentir sozinha. Ele não sabe que desde que não compartilhamos mais nada sobre nós, eu tive que me tornar minha melhor companhia: ele nem imagina que foi ele quem me ensinou esta alegria.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Antonie de Saint-Exupéry.

Então você descobre que o sentimento já não é mais o mesmo. Mais está ali, ora bolas!! Eu estou lendo, você também está lendo. Assim como ficou gravado no papel, também ficou no meu coração. Só que em forma de ferida. Aquela bem profunda, mas que o tempo com toda sua calma, cicatrizou.

Eu me encontrei..

Eu me encontrei no momento que aprendi a escrever, eu me encontrei. Era o lugar onde eu podia fugir e ao mesmo tempo me achar.

Pro dia nascer feliz.

; dormir.

Eu invento.

A gente vive buscando, inventando algo. A gente inventa sorrisos, inventa cores, inventa uma paixão, inventa uma ilusão. A gente busca e acaba se agarrando naquilo que nos faz bem. Agimos algumas vezes sem pensar e inventamos uma desculpa esfarrapada. Nós sentimos, nos importamos e inventamos sempre, que não estamos nem aí. A gente inventa um motivo pra ser feliz, pra amar. A gente inventa um lugar, uma música, um tom. A gente inventa uma aquarela e pinta a vida da cor que a gente quer. A gente inventa moda, e se sente dentro do velho dito popular tão clichê. A verdade é que a gente vive inventando uma forma de se desprender daquilo, que supostamente inventamos. Eu invento, você inventa, todo mundo inventa algo dentro, ou fora de si.
JuM.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

É...

Eu tenho tanto na cabeça e está sendo tão difícil de encontrar um modo de externar tudo isso em palavras. Não me faltam pensamentos, aliás, eles sobram, quase transbordam, alguns são bons, outros nem tanto. Mas a maior agonia é a de não conseguir falar a respeito de tudo que penso. É como se houvesse um bloqueio, que me impede, querendo me proteger de que saibam o que estou sentindo, pensando e querendo dizer. Mesmo assim eu teimo em procurar as palavras, mesmo quando vejo que elas fogem de mim.

domingo, 29 de maio de 2011

36 prestações de saudade:

Dizem que tudo na vida tem dois lados. Um bom e outro ruim. Depende nos olhos de quem está a pimenta. Mas se tem algo realmente ambiguo para uma única alma é um troço chamado saudade. Com ou sem pimenta nos olhos. O dito popular é quem melhor traduz a dualidade de uma saudade quando diz que esta é a maior prova de que o amor valeu a pena. Então sentir a falta é bom. E ruim. Em todos os pontos de vista. Vai entender...

Saudade é amar um passado que nos machuca no presente. É uma felicidade retardada. É deitar na rede e ficar lembrando das ardentes reconciliações depois de brigas homéricas por motivos desimportantes. Sente-se falta de detalhes, como uma toalha no chão, dias chuvosos, da cor dos olhos. A saudade só não mata porque tem o prazer da tortura.

Saudade é o amor que não foi embora ainda, embora o amado já o tenha feito. Ter saudade é imaginar onde deve estar agora, se ainda gosta de vinho bordeaux, se chorou com a derrota do seu time no campeonato nacional, se tem tratado aquela amigdalite. E quando a saudade não cabe mais no peito, se materializa e transborda pelos olhos.

Sentir saudade é ter a ausência sempre do seu lado. É mudar radicalmente a rotina, comer mais salada e menos sorvete, frequentar lugares esquisitos, ter dias mais compridos, ter tempo para os amigos, para o vizinho e para a iguana do vizinho. A saudade é a inconfortável expectativa de um reencontro.

Às vezes a saudade é tão grande que nem é mais um sentimento. A gente é saudade. É viver para encontrar o olhar da pessoa em cada improvável esquina, confundir cabelos, bocas e perfumes, sorrir com os lábios tendo o coração sufocado. Porque mesmo a saudade sendo feita para doer, às vezes percebemos que ela é o meio mais eficaz de enxergar o quanto amamos alguém, no passado ou no presente.

Por que a saudade é o muro de Berlim desmoronado no chão, capaz de agregar opostos, como a tristeza e a felicidade em uma coisa híbrida. Se você tem saudade é sinal que teve na vida momentos de alegria com ela ou ele! No fim das contas, a saudade que agora lhe maltrata nada mais é que uma dívida sendo paga em longas 36 prestações pelo amor usufruído. Agora aguenta.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Cadê?

Cadê a sua personalidade? Sua criatividade? Ah, desculpa! Esqueci que você é desprovida disso.

O pior dos problemas.

Sobra em machismo, hipocrisia e falta em liberdade, personalidade e confiança. Falta tanta coisa útil, digna e fundamental ao ser humano e sobram em problemas, defeitos e costumes errados de algo que poderia vir a ser corrigido, se não fosse a mentalidade tão pequena e mesquinha dos homens e da cultura que estamos habituados a ver e ouvir. Fechamos nossos olhos, porque preferimos nos cegar a ver o que está acontecendo ao nosso redor e não é por aí, está errado! Dessa forma estúpida, além de não colaborarmos, é como se estivéssemos aceitando tudo isso, mesmo não tomando partido algum. É como se de alguma forma, achássemos que está certo, mesmo quando sabemos que não está. E o que fazemos para mudar toda essa falta de visão e de amplitude dela? Absolutamente nada. Ou pior, reclamamos, criticamos, apontamos os defeitos, sem olhar os nossos próprios erros e o principal, a solução de todos eles. A única vantagem de podermos abrir os olhos para enxergar os problemas, é justamente a possibilidade de conseguirmos ver além, o que é necessário ser feito e fazermos isso. O comodismo é o pior dos problemas, porque ele nos limita, nos cega, nos trai, fazendo de nós algo que não queremos ser, algo que sabemos que não é certo, mas como não saímos do lugar, não evoluímos, nem crescemos, ao contrário disso tudo, apodrecemos secos, frios e vazios.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Então, que seja doce.

Palavra-chave.

Hoje quando abri a janela do meu quarto e me deparei com o céu escuro, ergui logo a cabeça e com aquele olhar fixo, procurei e percebi que não haviam cachos de estrelas. Fiquei durante alguns minutos tentando buscar ao menos uma estrelinha, ou até mesmo aquela que está sempre perdida, brilhando em minha direção. Em vão, não encontrei nada. Por uma fração de segundos, o meu sorriso foi se desfazendo, até que avistei aquela tão formosa lua, encantando o céu com a sua beleza. A noite é fria, o vento sopra em minha janela e parece que o barulho dele, faz com que as palavras se percam cada vez mais dentro da minha cabeça. Mais eu continuo aqui, tentando encontrar uma solução. Buscando um jeito de formar respostas com essas palavras perdidas. E quem sabe assim, eu não encontre a tão esperada "palavra-chave" que falta, pra eu desvendar todo esse enigma.

terça-feira, 24 de maio de 2011

E você?

"E quanto à beleza? Você acha que ele é um componente importante nas relações?

- Eu acho que a beleza das palavras é fundamental. Se você sabe falar no ouvido, no ritmo certo do vento, fazer pausa, criar melodia, você vai se tornar automaticamente bonito. Porque a mulher fecha os olhos para sentir prazer, a voz são os olhos abertos da mulher.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Sleeping.

E sempre adormeço com elas em meus pensamentos.
-

Desabafo.

Eu sempre busquei dar o melhor de mim em tudo o que eu faço. Eu sempre defendi essa coisa de ser extremista, 8 ou 80. Qual é? Eu não tenho vergonha de assumir as coisas e muito menos, de ser quem eu sou. Não costumo pagar as pessoas na mesma moeda, pelo contrário. Se eu fosse o reflexo das coisas ruins que já fizeram comigo, com certeza, eu não estaria aqui agora. Estaria de fato, vagando por esse mundo à fora. Às pessoas gostam e costumam generalizar as coisas. Não e bem assim que a banda toca. Cada um, com seu cada um! Se você dá um tapa na cara de alguém, com certeza é porque você teve algum motivo. Quem sou eu pra te julgar? Eu também já bati e apanhei muito nessa vida. E quer saber, não tenho vergonha de assumir que já fui enganada da maneira mais suja e cruel possível. Já fizeram eu me sentir um NADA, ou até menos que isso. Ok, quem nunca viveu alguma coisa tão mágica, tão intensa durante anos e depois descobriu que tudo não passava de uma grande mentira? Pois bem, se você respondeu que não, pode ficar tranquilo pois uma hora, isso irá acontecer com você. Não tenha medo não, muito pelo contrário! Seja superior e nunca use do mesmo jogo que a pessoa usa com você. Um dia você joga, aposta e ganha. Quando mais se ganha, com mais vontade de jogar você fica. Ai, de repente no dia seguinte, você joga e perde tudo. É como uma roda gigante, uma hora está em cima, outra hora em baixo. Pode rir de mim, pode sair por ai falando que eu sempre fiz tudo errado. Pode inventar coisas ao meu respeito. E pode também, ficar tranquilo porque eu não seria capaz de fazer o mesmo com você. Eu sei, você sabe, os motivos reais. Então pra que me preocupar.. Eu consigo todas as noites deitar no meu travesseiro e dormir em paz. E isso me conforta! Já você, eu não sei. E quer saber mesmo? Pouco me importa. Você não siginifca mais nada pra mim. Melhor que escrever tudo isso, é sentir isso dentro de mim. E principalmente me sentir superior por hoje, ser quem eu sou e chegar aonde eu cheguei, sem nenhum arranhão.
05:05 AM.

terça-feira, 3 de maio de 2011

Dentro de si.

Sinto que será difícil que exista um dia que eu venha a me sentir completa, como se tudo aquilo que eu estivesse vivenciando me bastasse. E como cheguei a essa conclusão? Simples. É só imaginar o que mais quero e idealizo da vida no momento atual e me questionar se apenas isso já me bastaria. - A resposta é não! Não me bastaria, nunca basta. É como se fosse um caminho infinito a procura de tudo e de nada. Uma busca sem muito sucesso de algum dia vir a ser finalizada. Pessoas assim nunca param, seja fora ou dentro de si. Estão sempre procurando alguma coisa além que ainda lhes falte. A vantagem é que dessa forma encontram sempre novidades nesse caminho sem volta. Porém o problema é que pessoas assim sofrem, se decepcionam mais, e raras serão as vezes que se sentirão plenamente felizes com o que tem. Mas também, entre seus surtos de plenitude, poderão vir a sentir mais felicidade que qualquer pessoa comum.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

É tarde para saber.

"Pensou em chorar um pouco, desabafar enquanto o chuveiro escoria forte, enquanto as as lágrimas escorriam forte, e enquanto o chuveiro escorria forte as lágrimas seriam lavadas com facilidade. E no seu rosto ninguém notaria a marca visível do pranto."

domingo, 1 de maio de 2011

Meu orgulho!

Meu orgulho de ser rubro-negro começa pelo orgulho de ser carioca. Não dá para negar que a paisagem mais bonita e mais emocionante da cidade maravilhosa é a entrada no maracanã no dia de uma decisão do mengão. O contraste da escuridão do túnel que leva às arquibancadas, ou o silêncio dos elevadores sociais para o Maracanã lotado e brilhando em vermelho e preto é de arrepiar qualquer torcedor. Continua pelo orgulho de ser brasileiro e fazer parte da maior torcida do mundo, do time que foi mais vezes campeão brasileiro, no país do futebol. Quem é Flamengo é Flamengo até morrer, em qualquer lugar do mundo. E faz questão de acompanhar seu time, seja no Rio, em Tóquio, ou em qualquer local que o Rubro-Negro jogue. Torcedor do Flamengo que se preze faz questão de bater no peito e dizer com o maior orgulho: “Os outros que me perdoem, mas sou flamengo e não abro mão”. Para saber o que é isso, basta ir ao Maracanã em qualquer jogo do Mengão. A emoção de ver aquela galera maravilhosa cantando e gritando palavras de ordem emociona até quem não gosta do Flamengo. Já vi muita gente chorar ao passar por essa experiência. É por isso que a torcida rubro-negra é chamada de nação. Uma nação com muito orgulho de ser Flamengo. Não tem jeito. As torcidas adversárias têm razão. Os rubro-negros são muito metidos a besta e, convenhamos, com toda razão.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Basta esperar.

Igualzinho ao que acontece com todas as pessoas, num trecho ou outro da estrada, eu já senti tanta dor que parecia que os golpes haviam me quebrado toda por dentro. Não sabia se era possível juntar os pedaços, por onde começar, nem se o cansaço me permitiria movimentos na direção de qualquer tentativa. Quando o susto é grande e dói assim, a gente precisa de algum tempo para recuperar o fôlego outra vez. Para voltar a caminhar sem contrair tanto os ombros e a vida. Um espaço para a gente quase se reinventar. O tempo passa. O fôlego retorna. Parece milagre, mas as sementes de cura começam a florescer nos mesmos jardins onde parecia que nenhuma outra flor brotaria. A alma é sábia: enquanto achamos que só existe dor, ela trabalha, em silêncio, para tecer o momento novo. E ele chega.

terça-feira, 26 de abril de 2011

Alice: Quanto tempo dura o que é eterno?
Coelho: Às vezes, apenas um segundo.

Espera.

Quando você vier haverá o encontro da sua busca com a minha espera. E o seu abraço será a moldura do meu corpo. E a minha boca o pretexto para o seu mais demorado beijo. E a gente vai brincar de se desmaterializar dentro da música, de desatar auroras, de escrever poemas de orvalho... E eu vou inventar uma madrugada eterna pra quando você tiver que ir embora no dia seguinte. E você vai inventar um domingo que vai durar pra sempre porque tenho preguiça das segundas-feiras. E a gente vai rir dessa maldade da demora do tempo pra fazer essa brincadeira de desencontro: quase nos deixou descrentes... A gente vai rir dessa maldade porque o nosso amor será a coisa mais bonitinha do mundo.

Terremoto desconhecido.

Sabe de uma coisa? Eu devia era falar menos. Pois é sempre assim e eu já devia estar acostumada, toda vez que falo que sou de uma forma, é como se a vida cochichasse em meus ouvidos, num tom totalmente irônico e sarcástico: "Você vai mesmo continuar achando que é dessa maneira? Que gosta de "x", sendo que existem todas as outras letras do alfabeto por aí, que você mal parou para olhar? Não me diga que não aprendeu absolutamente nada com as ironias que já coloquei em sua vida, você quer mais, é isso? Então lá vai!" E é aí que mora o problema, é aí que existe todo o perigo, o terremoto desconhecido, a avalanche que me aparece sem avisos prévios. Me pegando sempre de surpresa, me dando um chute de esquerda, outro de direita, e eu, totalmente indefesa e em choque pelo susto, não sei se luto, corro ou se me escondo. Eu não sei, nunca sei! Conheço bem o poder das palavras, admiro muito isso. Mas é como se na prática utilizar desse raciocínio fosse bem mais dificil do que na teoria. E atualmente a vida anda querendo me dar mais "experiências próprias" do que provas teóricas de como deve ser o problema. Ela está me mostrando e eu tenho curiosidade e quero ver, só que tenho medo... Aliás, é permitido temer, não é mesmo? Porque eu realmente sinto essa insegurança pelas coisas que não sou bem adaptada, pelo que não está sob meu controle. E ultimamente admito que nem mesmo eu ando me controlando muito bem e isso me apavora de tal forma, ao tempo que me admira ver como tudo está diferente e como estou lidando com isso, mesmo com tropeços, temores, mas estou em pé, viva e pronta pra continuar a batalha da vida.
Afinal de contas ainda tem muito a ser descoberto.

-

terça-feira, 19 de abril de 2011

Labirinto.

A ironia de sentir nos prende ao que não sabemos explicar. Ao tempo que nós, ingenuamente, tentamos fugir do que não conseguimos entender. Mas estamos caminhando num labirinto, sem a palavra chave que nos libertará. E enquanto não a encontrarmos, estaremos andando em círculos e chegando sempre ao ponto de partida. Sem evolução alguma.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Não era pra ser.

"Não era pra ser, não, não.
Não ia rolar! Já tivemos tantas chances
mas ninguém quis se entregar".


Voz da estrelas.

Para ouvir as estrelas é preciso tranquilidade. Os adultos, coitados, não podem ouvir a voz das estrelas. Eles são seres perturbados, agitados, não têm tempo, só ouvem barulhos e os programas de televisão. Para se ouvir a voz das estrelas é preciso ser poeta ou criança.

Quem ouve as estrelas fica tranquilo.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Escolha certa.

Às vezes, nós temos que tomar certas decisões que não sabemos ao certo aonde irão nos levar. Quando optamos por uma coisa, automaticamente abrimos mão de outra. Bato sempre na mesma tecla, digo e repito quantas vezes forem necessárias: Nem tudo que achamos que é devidamente certo pra gente, realmente é. Eu gosto dessa coisa de livre-arbítrio, liberdade de expressão. De ser e fazer o que quiser. Cada um tem o direito sobre suas próprias decisões. Não entra na minha cabeça, gente que perde tempo criticando as escolhas alheias, talvez por repudiar isso. Afinal, cada um faz de si, o que lhe convém. E sabe o que é mais triste? Triste é ver que há tanta gente que perde tempo com aquilo que diz não gostar, sabe? Faça a escolha certa! Pare com isso de viver algo que lhe é de fato, cômodo. A vida é muito mais que isso. A felicidade, está bem perto de você, encare os fatos. Basta saber fazer a escolha certa. E o quê é a tão famosa "escolha certa"? Bem, escolha "certa" é aquela que você opta até com os olhos fechados, sem medo do que virá futuramente.

terça-feira, 12 de abril de 2011

Descomplique.

Observando o que acontece ao nosso redor, percebo uma carga de preocupação que excede ao problema em si, excede aos fatos, e as tentativas nas quais deveríamos simplesmente planejar e agir. Ou ao menos saber as limitações de cada circunstância, assim como as nossas e aprender a seguir em frente, entendendo de uma vez por todas que muitas vezes as coisas não serão como queremos que elas sejam.

Mais fácil seria se aprendêssemos a descomplicar.

A vida já é complicada o bastante para querer que nós a deixemos ainda mais difícil de carregar e levar conosco. Aliás, a complicação está em querer carregar o mundo nas costas, sendo que pesa e não é necessário. Entendi isso a pouco tempo, e pretendo colocar em prática essas palavras.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Só eu sei.

Eu disfarço muito e quase ninguém percebe. Tem um monte de gente por aí que acha que me conhece o suficiente. Outros tantos acham que sabem o bastante sobre a minha vida. Entra no meu mundinho quem eu deixo. Acho que a gente não deve escancarar a vida, tem coisa que é só nossa e de mais ninguém. Quanto mais a gente dá liberdade para os outros mais eles se sentem no direito de se intrometer e meter o bedelho. Não gosto, pois da minha vida cuido eu. Das minhas coisas só eu sei.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Rio e me sinto mar.

Uma das mais saborosas sensações de liberdade que eu conheço é flagrar meu coração feliz sem precisar de nenhum motivo aparente. De vez em quando, a mente, que tantas vezes mente, me permite lembrar que essa felicidade essencial está o tempo todo disponível, preservada, por trás das nuvens que a negatividade infla. Rio e me sinto mar.

terça-feira, 5 de abril de 2011

Sintonia.

Sintonia é algo realmente engraçado, você pode até não ser parecido com a pessoa e mesmo assim sentir que de alguma forma, naqueles momentos, vocês estão interligados por algo maior que o explicável por nós. Sintonia é diferente de compatibilidade, coisas em comum, é mais surreal do que isso, mais inesperado e surpreendente. É algo mais raro, no qual a gente sempre espera que exista alguma explicação por trás, algo mágico que nossos olhos, um tanto descrentes, ainda não estão preparados para perceber.

Quem sabe um dia? Quem sabe um dia...

segunda-feira, 4 de abril de 2011

segunda-feira, 28 de março de 2011

Atenção!

Abra os olhos. Há encantos escondidos por toda parte. Presta atenção. São miúdos, mas constantes.

Complicando.

Que palpitação diferente no coração. Que sensação incomum na boca do estômago. Não, não estou falando dos "disparos no coração" e das "borboletas no estômago", até porque isso é comum. Falo de outra coisa, que não faz muito sentido e não vem com um sentido próprio. E como muitos dos nossos sentimentos, (na realidade, a maioria deles), esses não vem etiquetados e agrupados em gavetas coloridas, para facilitar na identificação de suas diferentes reações. Esses sentimentos que estou dizendo, apenas surgem, aparecendo do nada e nos fazendo pensar: Afinal, quem é você? E o que faz aqui, dentro de mim? Eu por acaso te convidei para entrar e não me lembro, ou você entrou escondido, sem me avisar? Sinto que não dá para organizar essas sensações intraduzíveis. E mesmo assim, eu que tenho mania de analisar tudo, não deixo isso passar despercebido e sempre complico mais, o que já é naturalmente complicado.

sexta-feira, 25 de março de 2011

Você, eu.. tanto faz!

Você vive inventando motivos para ser feliz. Você sempre espera que as coisas sejam do seu jeito. Cada detalhe, timtim por timtim. Mas no fundo, você sempre soube que na prática, é bem diferente. Mas mesmo sabendo, você não se contenta com a teoria. Você acredita naquilo que lhe convém, que te faz sonhar e seguir em frente. Não naquilo que dizem por ai. Você adora vento gelado no rosto e dia de céu azulzinho. Você costuma esperar sempre o melhor das pessoas, até que elas te provem o contrário. Você vive a vida intensamente e não se importa com o que vão dizer ou pensar de você. Você é movida por sonhos e acredita em coisas que muitos desacreditam. Você fala de si, como se estivesse falando de outra pessoa. Não porque tem medo de assumir o que você é. Mas porque você gosta disso. Você é cheia de manias e vontades. Sempre pensa com o coração. Você acredita na mudança das pessoas, mas sabe que isso vem com o tempo. Você não tem pressa e nem medo de encarar o mundo lá fora. Você é apaixonada por sorrisos e adora sorrir também. Você ama e cuida de tudo e todos que estão ao seu redor. Você sabe que por onde passa, atrai olhares. Você é capaz de saber o que as pessoas pensam só em olha-las. Você gosta de olhar nos olhos e gosta quando alguém lhe fala que seu olhar diz muito sobre você. Você tem um dom de sentir as coisas impressionante. Você gosta de gente que abraça forte, que têm um aperto de mão firme. Você é incrívelmente apaixonada por músicas. Você não gosta apenas de escuta-las, gosta de senti-las. Você é observadora e sedutora. Você tem muita preguiça. Você gosta de tudo que na sua cabeça, é difícil. Pra você, tudo que vêm fácil, vai fácil. Coisas fáceis demais, não enchem seus olhos. Você adora bixos, crianças e tudo que tem cor. Mas você odeia marrom. Você é capaz de ficar horas de frente para o mar tentando descobrir se ele tem um fim. Você sempre vê o lado bom das coisas ruins. Têm uma fé que dá gosto de ver. Você odeia se explicar e odeia quando alguém te acusa de algo que não fez. Tudo que ao seu ver, combina consigo, lhe atrai. E você está sempre disposta a conhecer coisas novas. Sempre disposta em dar a cara a tapa. Você é um pouco menina e muito mulher. Você gosta de tudo muito bem dosado. Adora pôr-do-sol e é extremanente apaixonada por estrelas. E se tem uma coisa que lhe encanta, é céu estrelado com uma mega lua cheia. Você não tem medo de nada. Adora aquela bola laranja no céu, mas também adora tempo nublado. Você é assim. Cada dia descobre algo novo de si. E sinceramente, você sabe muito bem o que é certo e o que é errado, não precisa que lhe digam isso o tempo todo. Você gosta daquilo que lhe desperta borboletas no estômago. Tudo seu é muito intenso. E tem vezes que você foge do real e vive no seu mundinho que parece mais um conto de fadas. você ama e acredita no pequeno príncipe. E você sabe que o amor, o amor verdadeiro não acaba. E sabe também que ele começa no olhar. Você, na verdade é uma caixinha de surpresa. E sim, você é imprevisível e bastante doce. Você acredita no amor e espera por ele sem ter pressa. Você adora doces, principalmente balas e diamante negro. Você ama suas amigas demasiadamente. Você é um pouco idiota, mais é muito divertida. Você às vezes é mandona e adora gritar. Você sempre vê um jacaré nas nuvenes. Você vive cheirosa e acha graça de tudo. Você adora rir e correr. Adora tudo o que é simples e concorda sempre que alguém lhe diz que, ser simples, é ser incrível.
Ah, e antes que eu me esqueça, você é sempre você mesma. Não importa a ocasião.
Mas eu desconfio que a única pessoa livre, realmente livre, é aquela que não tem medo do ridículo.

Aceitar é ser feliz.

Gosto de pensar assim: se a gente faz o que manda o coração, lá na frente, tudo se explica. Por isso, faço a minha sorte. Sou fiel ao que sinto. Aceito feliz quem eu sou. Não acho graça em quem não acha graça. Acho chato quem não se contradiz. Às vezes desejo mal. Sou humana. Sou quase normal. Não ligo se gostarem de mim em partes. Mas desejo que eu me aceite por inteiro. Não sou perfeita, não sou previsível. Sou uma louca. Admiro grandes qualidades. Mas gosto mesmo dos pequenos defeitos. São eles que nos fazem grande. Que nos fazem fortes. Que nos fazem acordar. Acho bonito quem tem orgulho de ser gente. Porque não é nada fácil, eu sei. Por isso continuo princesa. Continuo guerreira. Continuo na lua. Continuo na luta. No meio do caos que anda o mundo, ACEITAR É SER FELIZ.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Borboleta.

Oi dona borboleta!
Não achei um jeito melhor pra começar esse post. Mas porque borboleta? Porque é assim que eu te vejo. Você sempre sai por aí voando de flor, em flor. Até encontrar aquela que você sinta segurança pra pousar e descançar. Tem vezes que você permanece na pétala por mais tempo. Porém, outras vezes você a deixa e alça vôo. Você costuma ser do tipo constante, sempre vôa em busca daquilo que te fazer sorrir. Ou se entrega completamente aquela florzinha, ou não entrega nada. É linda, colorida e por onde passa, atrai olhares de todos. Uns a admiram pelo dom que você tem de trazer sorrisos e pela facilidade que você tem de alegrar a vida de qualquer um ao seu redor. Confesso que eu também te admiro por isso. Mas, principalmente por você ter asas tão grandes e lindas. Por você não ter medo de voar mundo à fora. Por essa sua coragem, essa força de vontade. Não esquece que antes de virar uma linda borboleta, você era uma lagarta. Precisou passar por um longo ciclo até isso acontecer. Mas chegou aonde você queria estar. Daqui da minha janela, eu posso ver quão alto você chega. E posso ficar horas admirando, de tão belo que é. Não esquece das suas asas, borboleta. Você não precisa que ninguém te carregue no colo. Você sabe voar sozinha. E quando se machucar, finja que é uma flor e deixa que o vento te tire para dançar. Vai continuar voando do mesmo jeito, só que dessa vez, com a ajuda do vento. Nesse caso, pode me chamar de vento. Mesmo que você não me veja, feche os olhos e sinta. Não esquece de todas essas palavras que eu acabei de lhe escrever. Coragem! A vida é muito mais do que a gente imagina. E você, ainda tem muito que voar e trazer alegria a vida de todos que estão perto de ti. Te amo muito minha borboleta!

domingo, 20 de março de 2011

Minha maior paixão.

É uma paixão indescritível essa minha por estrelas. Me encatam, me fascinam. Ao meu ver, não há nada que se compare a beleza que esses pequenos corpos possuem. Eu tenho todas as estrelas, e acredito sim, no poder que elas tem. Só quem ama, é capaz disso! Meu principezinho disse que para os que viajam, estrelas são como guias. Mas pra mim, estrelas são coisas que eu costumo cultivar dentro dos olhos.

Dona lagarta.

A senhora me desculpe, mas no momento não tenho muita certeza. Quer dizer, eu sei quem eu era quando acordei hoje de manhã, mas já mudei uma porção de vezes desde que isso aconteceu. (...) receio que não possa me explicar, Dona Lagarta, porque é justamente aí que está o problema. Posso explicar uma porção de coisas, mas não posso explicar a mim mesma.
- Alice no país das maravilhas.

Tudo se revela.

A sensação que tenho é de que, durante a noite, tudo se revela. Nessas horas de silêncio e escuridão, me permito pensar em pessoas que procuro esquecer durante o dia. Ela me faz refletir, revelar sentimentos; enquanto as estrelas me dão esperança de uma manhã maravilhosa que logo virá. A lua me faz sonhar e acreditar que tudo é possível. A noite me dá uma paz tamanha que só é possível de ser entendida por aqueles que sentem o mesmo que eu.

sábado, 19 de março de 2011

Só uma multidão de amores:


Eles não estavam trocando juras de amor, não andavam de mãos dadas, nem se chamavam por nomes infantis. Não tinha pieguice romântica ali. Mas foi a cena mais doce que eu vi: dois olhares se encontrando. Não só se encontrando: se confortando, se sabendo, se completando. Eu notei que eles eram algo além de amigos, que se desejavam e se protegiam, e foi só pela cumplicidade dos olhos, que deixavam de ser dois e se enlaçavam quatro.

Eu quis então ter um olhar pra mim. Não alguém pra chamar de meu, como diz o clichê, como grita a conveniência, mas um olhar que fosse meu por puro encaixe. Foi um pouco de inveja, talvez. Eu soube naquelas duas pessoas que elas não se sentiam sozinhas ou perdidas. Que mesmo depois de um dia cheio e chato, tinham uma certeza de carinho. E eu quis. Quis algo além da rotina do trabalho e gente fabricada com seus narizes perfeitos e cabelos penteados. Quis algo certo como o frio na barriga e a respiração travada, o coração esquecendo de bater. Quis algo errado que me fizesse bem só por escapar do caminho óbvio de toda noite. Uma espera no fim do dia, sabe? Essa espera. Não a espera de uma vida toda sem saber o que buscar pra ser feliz. Só sair do dia igual pra ter uma noite diferente. E tornar esse diferente comum só porque é bom estar perto.

Todo o amor que eu sufoquei por excesso de razão agora grita, escapa, transborda. Estou só numa multidão de amores, assim como Dylan Thomas, assim como Maysa, assim como milhões de pessoas; assim como a multidão de amores está só, em si. Demonstro minha fragilidade, meu desamparo. Eu não procuro alguém pra pentencer e ter posse, só quero uma fonte segura de amor que não dependa das obrigações, das falas decoradas, dos scripts prontos. Eu sei que eu abri mão de várias oportunidades. Sei que fiz pouco caso do amor que me entregaram de maneira pura e gratuita, só porque eu achava que podia encontrar coisa melhor. Se as pessoas estão sempre indo e vindo, eu só queria alguém minimamente eterno em sua duração, que me fizesse parar de achar normal essa história de perder as pessoas pela vida.

Vou embora querendo alguém que me diga pra ficar. Estou sempre de partida, malas feitas, portas trancadas, chave em punho. No fundo eu quero dizer "Me impede de ir. Fica parado na minha frente e fala que eu tenho lugar por aqui, que não preciso abandonar tudo cada vez que a solidão me derruba. Me ajuda a levar a vida menos a sério, porque é só vida, afinal." E acabo calada, porque não faz sentido dizer tudo isso sem ter pra quem.

Eu não quero viver como se sobrevivesse a cada dia que passo sozinha. Não quero andar como se procurasse meu complemento em cada olhar vago. Eu acho que mereço mais que isso por tudo o que eu sei que posso fazer por alguém. E fico só esperando, na surpresa do dia que eu desencanar de esperar, um par de olhos que me faça ficar sem nenhuma palavra, nada além de dois olhos se enlaçando quatro. Nessa multidão de amores, sozinho é aquele que não espera.

quinta-feira, 17 de março de 2011

"X" da questão.

Percebo que meus pensamentos e constatações sobre a minha vida e sobre o que observo ao redor, nunca se concluem quando penso a respeito. Ocorre mais como num estalo, com luzes pulsantes que me mostram o caminho a percorrer até a solução do problema, ou a lógica, que muitas vezes não tem muito a se resolver. Nunca concluo pensamentos quando meu foco é solucioná-los. Tudo acontece quando estou distraída. E percebo que esse é sempre o "x" da questão, a distração.

Depois que você me ensinou a sorrir, eu nunca mais quis parar!

As irônias que a vida nos proporciona.

Agora percebo que isso está mesmo parecendo história de filme, não do tipo clichê, que os personagens mal se conhecem e já se apaixonam, mas uma história mais “vida real” (talvez, por sê-la realmente), com um longo desenrolar, e que os personagens só percebem o tempo perdido, depois que passou. Mas conseguem descobrir que ainda há tempo e que mesmo o “final” já sendo definido pela distância, o filme parece ainda não querer nos dizer quais serão as surpresas que acontecerão no desenrolar da história. Na verdade dessa história não se consegue saber nem mesmo como se dirigirá o amanhã. Mas como de certa forma preferi não ser a diretora ou produtora, e apenas seguir como a personagem e por que não, expectadora também, aguardo da vida e do destino, verdadeiros diretor e produtor, pelos momentos restantes que se seguem desse filme. Posso dizer que tenho medo do fim, e espero que seja um “longo filme”, já que está sendo bem agradável de se ver e participar do roteiro, que é um pouco frustrante, eu diria, mas que me faz aguardar ansiosa pelo amanhã.

Irônico não? Não querer o fim, mas estar ansiosa e a espera do amanhã.
Pois é, esse filme é justamente sobre isso: As irônias que a vida nos proporciona.


quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Esperança.

Deitada na grama, o céu empoeirado de estrelas. Passei o dedo e - curioso - algumas vieram grudadas na ponta. Olhei para cima e assoprei. Foi tanta estrela caindo que agora eu mal consigo enxergar de tanta esperança.

É necessário.

"É necessário abrir os olhos e perceber que as coisas boas estão dentro de nós, onde os sentimentos não precisam de motivos nem os desejos de razão. O importante é aproveitar os momentos e aprender sua duração, pois a vida está nos olhos de quem souber ver".

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

17/02/2011.

20:38 pm.
ela:
como você pode ter tanta certeza assim?

ele: meu coração dispara, eu fico louco pra sentir sua pele, sentir seu cheiro. quero saber como foi seu dia, mesmo sem prestar muita atenção, mas só ouvir tua voz, olhar teu sorriso, te beijar... principalmente te beijar! pois, de todos os beijos, o mais gostoso, pra mim, foi o seu! eu não consigo comparar nehuma boca que eu já beijei com a sua. e o fato de eu ficar sempre pensando em você! e dessa vez, depois que começamos a nos falar mais, de uma intensidade maior, eu passo o dia tentando imaginar o que você estaria fazendo.. eu quero saber mais sobre você e, não sei porque, me dá uma sede de ti. uma vontade de ficar ao seu lado, entre tantas outras coisas. é como se eu me apaixonasse por você a cada dia que falo contigo.. se isso não é amor, me diz o que é, então?

e mais uma vez, ela ficou sem saber o que dizer.


Para aquela que é pra sempre.

Eu estava aqui, lendo umas cartas antigas e pensando no tempo. É tão inevitável que ele passe, que ele fuja da gente assim, sem nem perguntar se nós concordamos com as implicações disso tudo. Eu esqueço de lembrar, assim não parece tão longe e tão forte. Mas dá uma saudade imensa daquela época em que a gente voltou a se falar e passava duas horas no telefone fazendo listas, sofrendo por causa de garotos (você consegue imaginar que os amores das nossas vidas tinham entre 13 e 15 anos?), que eu ia na sua casa pra passar a semana, sem me preocupar com o fim das férias (que agora praticamente não existem), sem medo de não ter destino nenhum, sem a obrigação de planejar um futuro... Ah, a gente sofria por que mesmo? Tenho saudade até das pequenas coisinhas. De ir dormir na sua casa e passar a madrugada conversando, "falando água". De falar sobre nossos medos - que eram tão diferentes e tão parecidos - com conselhos e compreensões, com brigadeiro, pão de queijo, doces ou qualquer outra coisa indigesta demais para as quatro da manhã. De você inventando histórias sobre como eu conheceria o homem da minha vida (e eu sempre te interrompia, porque você gostava de histórias em que eu era atropelada). De não ter que ir embora correndo no dia seguinte. Saudades de ficar na piscina e de você tirando mil fotos que eu saia de plano de fundo, sempre fazendo careta por não ter mais caras pra sair em fotos... Ou de tentar cantar as músicas que milagrosamente estavam no nosso tom, de passar frio no seu quintal e te dar broncas por se iludir tão fácil com a internet. Faz falta demais. Não só porque o tempo passou e nossas agendas parecem cheias demais pra se encaixar um prazer, mas porque nós mudamos muito. Aquelas duas meninas já não existem. Elas não têm espaço nesse mundo sujo, só cabem na lembrança colorida e leve, nas brincadeiras que inventavamos outro dia pelas ruas da minha casa. Há um tempo atrás me culpei imensamente pela sua crise. Você estava mal e eu tinha parte da culpa, sim. Eu sabia que você podia ser salva, porque aquela mesma voz que se dizia fraca contra os seus próprios desejos, naqueles olhos que sofriam por erros impulsivos, eu via uma criança que pulava o muro da minha casa pra brincar escondida da empregada. Eu via a menininha que se dizia sonâmbula pra me assustar de noite, minha companheira de loucuras infantis e sonhos. Eu sempre soube que você e essa menina eram a mesma pessoa, e me afastar foi o pior que eu fiz. Depois resolvi me compensar. Que tipo de amiga eu seria se não insistisse até encontrar o lugar onde você estava escondida? Tenho tentado ser melhor sempre, porque eu sei que você merece. Eu gosto de te ouvir falar e de saber que o que você me diz é exclusivo. Porque você, é cercada por amigos que te idolatram e querem saber tudo sobre você. Mas tanto tempo de convívio me trouxe certa prioridade que eu valorizo muito. Gosto também de quando falo, porque por mais que você não entenda, me apoia. Você me dá esperanças nas minhas paixões platônicas e na vida que eu levo cabeça a dentro. Aliás, essa é a nossa maior diferença: você pensa sobre o que você vive, e eu vivo sobre o que eu penso. Somos opostas e ainda assim nos compreendemos. Saio de casa e o cenário está todo lá: as árvores onde a gente subia, a casa que jurávamos assombrada, os muros que agora parecem altos, nosso eterno refúgio de criança que guarda as marcas da infância. Crescemos, sim. Mudamos, sim. São mais de dez anos ao seu lado, e como você mesma disse, eu nem lembro do mundo antes de conhecer você. Serão mais tantos anos, tantas histórias. Seremos velhinhas finas, tatuadas e moderninhas, teremos casas vizinhas, jamais perderemos a loucura de mulheres neuróticas pelas madrugadas insones. Amigas são para sempre. Você é para sempre. Não se perca de novo, por favor. Não se afaste mais de mim. Mas se um dia isso acontecer, pode ter certeza: Pararei meu mundo só pra te buscar.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Laço.

Meu Deus! Como é engraçado! Eu nunca tinha reparado como é curioso um laço.. uma fita dando voltas. Enrosca-se, mas não se embola, vira, revira, circula e pronto: está dado o laço. É assim que é o abraço: coração com coração, tudo isso cercado de braço. É assim que é o laço: um abraço no presente, no cabelo, no vestido, em qualquer coisa onde o faço. E quando puxo uma ponta, o que é que acontece? Vai escorregando... devagarzinho, desmancha, desfaz o abraço. Solta o presente, o cabelo, fica solto no vestido. E, na fita, que curioso, não faltou nem um pedaço. Ah! Então, é assim o amor, a amizade. Tudo que é sentimento. Como um pedaço de fita. Enrosca, segura um pouquinho, mas pode se desfazer a qualquer hora, deixando livre as duas bandas do laço. Por isso é que se diz: laço afetivo, laço de amizade. E quando alguém briga então se diz: romperam-se os laços. E saem as duas partes, igual meus pedaços de fita, sem perder nenhum pedaço. Então o amor e a amizade são isso... Não prendem, não escravizam, não apertam, não sufocam. Porque quando vira nó, já deixou de ser um laço.

Espero..

Espero que você possa aceitar as coisas como elas são, sem pensar que tudo conspira contra você, porque parte de nós é entendimento.. mas, a outra parte é aprendizado. Que você possa ter forças para vencer todos os seus medos e que, no final, possa alcançar todos os seus objetivos porque, parte de nós é cansaço.. mas, a outra parte é vontade. Que tudo aquilo que você vê e escuta possa lhe trazer conhecimento, que essa escola possa ser longa e feliz porque parte de nós é o que vivemos.. mas, a outra parte é o que esperamos. Que você possa aprender a perder sem se sentir derrotado, que isso possa fazer você cada vez mais guerreiro.. porque parte de nós é o que temos.. mas, a outra parte é sonho. Que durante a sua vida você possa construir sentimentos verdadeiros, que você possa aceitar que só quem soube da sombra, pode saber da luz.. porque parte de nós é angústia.. mas, a outra parte é conforto. Que você nunca deixe de acreditar, que nunca perca sua fé.. porque parte de Deus é amor e a outra parte também!

Eu desejo que desejes:

Eu desejo que desejes ser feliz de um modo possível e rápido, desejo que desejes uma via expressa rumo a realizações não utópicas, mas viáveis, que desejes coisas simples como um suco gelado, depois de correr ou um abraço ao chegar em casa, desejo que desejes com discernimento e com alvos bem mirados. Mas desejo também que desejes com audácia, que desejes uns sonhos descabidos e que ao sabê-los impossíveis não os leve em grande consideração, mas os mantenha acesos, livres de frustração, desejes com fantasia e atrevimento, estando alerta para as casualidades e os milagres, para o imponderável da vida, onde os desejos secretos são atendidos. Desejo que desejes trabalhar melhor, que desejes amar com menos amarras, que desejes parar de fumar, que desejes viajar para bem longe e desejes voltar para teu canto, desejo que desejes crescer, e que desejes o choro e o silêncio, através deles somos puxados pra dentro, eu desejo que desejes ter a coragem de se enxergar mais nitidamente. Mas desejo também que desejes uma alegria incontida, que desejes mais amigos, e nem precisam ser melhores amigos, basta que sejam bons parceiros de esporte e de mesas de bar, que desejes o bar tanto quanto a igreja, mas que o desejo pelo encontro seja sincero, que desejes escutar as histórias dos outros, que desejes acreditar nelas e desacreditar também, faz parte este ir-e-vir de certezas e incertezas, que desejes não ter tantos desejos concretos, que o desejo maior seja a convivência pacífica com outros que desejam outras coisas. Desejo que desejes alguma mudança, uma mudança que seja necessária e que ela não te pese na alma, mudanças são temidas, mas não há outro combustível para essa travessia. Desejo que desejes um ano inteiro de muitos meses bem fechados, que nada fique por fazer, e desejo, principalmente, que desejes desejar, que te permitas desejar, pois o desejo é vigoroso e gratuito, o desejo é inocente, não reprima teus pedidos ocultos, desejo que desejes vitórias, romances, diagnósticos favoráveis, mais dinheiro e sentimentos vários, mas desejo, antes de tudo, que desejes, simplesmente.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Novo.

Houve uma época em que eu tinha a mania de reclamar mais das pessoas, na mesma proporção que as analisava mais, avaliando erros, defeitos, problemas, que apenas por observar poderiam ser evitados por mim no futuro. Mas agora me tornei mais preguiçosa e me cansei de avaliar as pessoas. Com isso, acabei me focando mais em mim, e foi aí que percebi que muitas vezes me faltam palavras pra descrever o que sinto, ou o que vivo. Perco facilmente a linha de raciocínio para o acaso e para as ironias que acabaram surgindo na minha vida, que até então não tinham muitos acontecimentos pessoais a serem redigidos, pelo menos não na vida real, mas que agora deu um giro de 360, desestabilizando tudo que existia. Então pensei: Se a vida quer fazer o acaso tomar conta de tudo, tornando isso aqui tão diferente, por que não ajudá-la e apoiá-la? Afinal esse gostinho de "novo" me faz tão bem.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Escrever, é esquecer.

Escrevo porque quero e preciso libertar e externar essas palavras desorganizadas que tenho dentro de mim, para que assim, redigindo-as eu consiga encontrar o sentido que lhes faltam quando ainda estão aqui dentro. Escrevo, mesmo que de forma totalmente mal acabada, para tentar suprir minha necessidade de desabafar o que por mim é visto, sentido e vivido. É uma forma que encontrei para tentar guardar ou esquecer situações das quais estão todas conectas e interligadas dentro de mim, e dessa forma consigo organizar parte delas, do lado de fora.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Prece.

Eu peço a Deus tudo o que eu quero e preciso. É o que me cabe. Ser ou não ser atendida - isso não cabe a mim, isso já é matéria-mágica que se me dá ou se retrai. Obstinada, eu rezo. Eu não tenho o poder. Tenho a prece.

Infinito.

e assim será, você sabe.
Tão correto e tão bonito, o infinto é realmente um dos Deuses mais lindos!

A menina que queria morar na Lua.


Aparentemente era uma garota qualquer, mas só ela sabia o quanto não conseguia se adequar ao mesmo mundo que todos viviam. De certa forma, sempre soube ou pelo menos supôs que pudesse haver outro lugar, outro planeta, ou nesse caso, outro satélite, que satisfizessem seus sonhos planejados, idealizados, porém inacabados, por falta de um chão diferente desse que ela costumava pisar. Sonhar era o que ela mais costumava fazer. Sonhava dormindo, acordada, enquanto lia, ouvia suas canções preferidas, quando não tinha nada pra fazer e até mesmo quando tinha. Esse foi o modo que a garota encontrou de se sintonizar com um mundo que a fazia sentir-se livre, que a compreendia, ao mesmo tempo em que fazia sentido para ela também. Depois de encontrar esse lugar, ela entendeu que não precisava de muito além disso, pelo menos não aqui, onde tudo era tão complicado. Aquele era seu mundo secreto, onde tudo que ela precisava, que de certa forma não era muito, existia e estava a disposição da sua imaginação. E imaginar era tudo que ela mais amava fazer. Cada vez ela sonhava mais alto, entre cem andares, ela desejava estar no cento e um. E isso lhe fascinava, era o seu poder mágico, seu pó de pirlimpimpim, sua válvula de escape. E as pessoas não entendiam porque ela era tão introspectiva, achavam que ela estivesse sempre triste e para as poucas pessoas que ela tentou explicar sobre seu mundo, elas não a compreendiam. Mas na verdade ela nunca quis que compreendessem realmente. A diversão para ela, era que fizesse sentido em sua cabeça e isso lhe bastava.