segunda-feira, 28 de março de 2011

Atenção!

Abra os olhos. Há encantos escondidos por toda parte. Presta atenção. São miúdos, mas constantes.

Complicando.

Que palpitação diferente no coração. Que sensação incomum na boca do estômago. Não, não estou falando dos "disparos no coração" e das "borboletas no estômago", até porque isso é comum. Falo de outra coisa, que não faz muito sentido e não vem com um sentido próprio. E como muitos dos nossos sentimentos, (na realidade, a maioria deles), esses não vem etiquetados e agrupados em gavetas coloridas, para facilitar na identificação de suas diferentes reações. Esses sentimentos que estou dizendo, apenas surgem, aparecendo do nada e nos fazendo pensar: Afinal, quem é você? E o que faz aqui, dentro de mim? Eu por acaso te convidei para entrar e não me lembro, ou você entrou escondido, sem me avisar? Sinto que não dá para organizar essas sensações intraduzíveis. E mesmo assim, eu que tenho mania de analisar tudo, não deixo isso passar despercebido e sempre complico mais, o que já é naturalmente complicado.

sexta-feira, 25 de março de 2011

Você, eu.. tanto faz!

Você vive inventando motivos para ser feliz. Você sempre espera que as coisas sejam do seu jeito. Cada detalhe, timtim por timtim. Mas no fundo, você sempre soube que na prática, é bem diferente. Mas mesmo sabendo, você não se contenta com a teoria. Você acredita naquilo que lhe convém, que te faz sonhar e seguir em frente. Não naquilo que dizem por ai. Você adora vento gelado no rosto e dia de céu azulzinho. Você costuma esperar sempre o melhor das pessoas, até que elas te provem o contrário. Você vive a vida intensamente e não se importa com o que vão dizer ou pensar de você. Você é movida por sonhos e acredita em coisas que muitos desacreditam. Você fala de si, como se estivesse falando de outra pessoa. Não porque tem medo de assumir o que você é. Mas porque você gosta disso. Você é cheia de manias e vontades. Sempre pensa com o coração. Você acredita na mudança das pessoas, mas sabe que isso vem com o tempo. Você não tem pressa e nem medo de encarar o mundo lá fora. Você é apaixonada por sorrisos e adora sorrir também. Você ama e cuida de tudo e todos que estão ao seu redor. Você sabe que por onde passa, atrai olhares. Você é capaz de saber o que as pessoas pensam só em olha-las. Você gosta de olhar nos olhos e gosta quando alguém lhe fala que seu olhar diz muito sobre você. Você tem um dom de sentir as coisas impressionante. Você gosta de gente que abraça forte, que têm um aperto de mão firme. Você é incrívelmente apaixonada por músicas. Você não gosta apenas de escuta-las, gosta de senti-las. Você é observadora e sedutora. Você tem muita preguiça. Você gosta de tudo que na sua cabeça, é difícil. Pra você, tudo que vêm fácil, vai fácil. Coisas fáceis demais, não enchem seus olhos. Você adora bixos, crianças e tudo que tem cor. Mas você odeia marrom. Você é capaz de ficar horas de frente para o mar tentando descobrir se ele tem um fim. Você sempre vê o lado bom das coisas ruins. Têm uma fé que dá gosto de ver. Você odeia se explicar e odeia quando alguém te acusa de algo que não fez. Tudo que ao seu ver, combina consigo, lhe atrai. E você está sempre disposta a conhecer coisas novas. Sempre disposta em dar a cara a tapa. Você é um pouco menina e muito mulher. Você gosta de tudo muito bem dosado. Adora pôr-do-sol e é extremanente apaixonada por estrelas. E se tem uma coisa que lhe encanta, é céu estrelado com uma mega lua cheia. Você não tem medo de nada. Adora aquela bola laranja no céu, mas também adora tempo nublado. Você é assim. Cada dia descobre algo novo de si. E sinceramente, você sabe muito bem o que é certo e o que é errado, não precisa que lhe digam isso o tempo todo. Você gosta daquilo que lhe desperta borboletas no estômago. Tudo seu é muito intenso. E tem vezes que você foge do real e vive no seu mundinho que parece mais um conto de fadas. você ama e acredita no pequeno príncipe. E você sabe que o amor, o amor verdadeiro não acaba. E sabe também que ele começa no olhar. Você, na verdade é uma caixinha de surpresa. E sim, você é imprevisível e bastante doce. Você acredita no amor e espera por ele sem ter pressa. Você adora doces, principalmente balas e diamante negro. Você ama suas amigas demasiadamente. Você é um pouco idiota, mais é muito divertida. Você às vezes é mandona e adora gritar. Você sempre vê um jacaré nas nuvenes. Você vive cheirosa e acha graça de tudo. Você adora rir e correr. Adora tudo o que é simples e concorda sempre que alguém lhe diz que, ser simples, é ser incrível.
Ah, e antes que eu me esqueça, você é sempre você mesma. Não importa a ocasião.
Mas eu desconfio que a única pessoa livre, realmente livre, é aquela que não tem medo do ridículo.

Aceitar é ser feliz.

Gosto de pensar assim: se a gente faz o que manda o coração, lá na frente, tudo se explica. Por isso, faço a minha sorte. Sou fiel ao que sinto. Aceito feliz quem eu sou. Não acho graça em quem não acha graça. Acho chato quem não se contradiz. Às vezes desejo mal. Sou humana. Sou quase normal. Não ligo se gostarem de mim em partes. Mas desejo que eu me aceite por inteiro. Não sou perfeita, não sou previsível. Sou uma louca. Admiro grandes qualidades. Mas gosto mesmo dos pequenos defeitos. São eles que nos fazem grande. Que nos fazem fortes. Que nos fazem acordar. Acho bonito quem tem orgulho de ser gente. Porque não é nada fácil, eu sei. Por isso continuo princesa. Continuo guerreira. Continuo na lua. Continuo na luta. No meio do caos que anda o mundo, ACEITAR É SER FELIZ.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Borboleta.

Oi dona borboleta!
Não achei um jeito melhor pra começar esse post. Mas porque borboleta? Porque é assim que eu te vejo. Você sempre sai por aí voando de flor, em flor. Até encontrar aquela que você sinta segurança pra pousar e descançar. Tem vezes que você permanece na pétala por mais tempo. Porém, outras vezes você a deixa e alça vôo. Você costuma ser do tipo constante, sempre vôa em busca daquilo que te fazer sorrir. Ou se entrega completamente aquela florzinha, ou não entrega nada. É linda, colorida e por onde passa, atrai olhares de todos. Uns a admiram pelo dom que você tem de trazer sorrisos e pela facilidade que você tem de alegrar a vida de qualquer um ao seu redor. Confesso que eu também te admiro por isso. Mas, principalmente por você ter asas tão grandes e lindas. Por você não ter medo de voar mundo à fora. Por essa sua coragem, essa força de vontade. Não esquece que antes de virar uma linda borboleta, você era uma lagarta. Precisou passar por um longo ciclo até isso acontecer. Mas chegou aonde você queria estar. Daqui da minha janela, eu posso ver quão alto você chega. E posso ficar horas admirando, de tão belo que é. Não esquece das suas asas, borboleta. Você não precisa que ninguém te carregue no colo. Você sabe voar sozinha. E quando se machucar, finja que é uma flor e deixa que o vento te tire para dançar. Vai continuar voando do mesmo jeito, só que dessa vez, com a ajuda do vento. Nesse caso, pode me chamar de vento. Mesmo que você não me veja, feche os olhos e sinta. Não esquece de todas essas palavras que eu acabei de lhe escrever. Coragem! A vida é muito mais do que a gente imagina. E você, ainda tem muito que voar e trazer alegria a vida de todos que estão perto de ti. Te amo muito minha borboleta!

domingo, 20 de março de 2011

Minha maior paixão.

É uma paixão indescritível essa minha por estrelas. Me encatam, me fascinam. Ao meu ver, não há nada que se compare a beleza que esses pequenos corpos possuem. Eu tenho todas as estrelas, e acredito sim, no poder que elas tem. Só quem ama, é capaz disso! Meu principezinho disse que para os que viajam, estrelas são como guias. Mas pra mim, estrelas são coisas que eu costumo cultivar dentro dos olhos.

Dona lagarta.

A senhora me desculpe, mas no momento não tenho muita certeza. Quer dizer, eu sei quem eu era quando acordei hoje de manhã, mas já mudei uma porção de vezes desde que isso aconteceu. (...) receio que não possa me explicar, Dona Lagarta, porque é justamente aí que está o problema. Posso explicar uma porção de coisas, mas não posso explicar a mim mesma.
- Alice no país das maravilhas.

Tudo se revela.

A sensação que tenho é de que, durante a noite, tudo se revela. Nessas horas de silêncio e escuridão, me permito pensar em pessoas que procuro esquecer durante o dia. Ela me faz refletir, revelar sentimentos; enquanto as estrelas me dão esperança de uma manhã maravilhosa que logo virá. A lua me faz sonhar e acreditar que tudo é possível. A noite me dá uma paz tamanha que só é possível de ser entendida por aqueles que sentem o mesmo que eu.

sábado, 19 de março de 2011

Só uma multidão de amores:


Eles não estavam trocando juras de amor, não andavam de mãos dadas, nem se chamavam por nomes infantis. Não tinha pieguice romântica ali. Mas foi a cena mais doce que eu vi: dois olhares se encontrando. Não só se encontrando: se confortando, se sabendo, se completando. Eu notei que eles eram algo além de amigos, que se desejavam e se protegiam, e foi só pela cumplicidade dos olhos, que deixavam de ser dois e se enlaçavam quatro.

Eu quis então ter um olhar pra mim. Não alguém pra chamar de meu, como diz o clichê, como grita a conveniência, mas um olhar que fosse meu por puro encaixe. Foi um pouco de inveja, talvez. Eu soube naquelas duas pessoas que elas não se sentiam sozinhas ou perdidas. Que mesmo depois de um dia cheio e chato, tinham uma certeza de carinho. E eu quis. Quis algo além da rotina do trabalho e gente fabricada com seus narizes perfeitos e cabelos penteados. Quis algo certo como o frio na barriga e a respiração travada, o coração esquecendo de bater. Quis algo errado que me fizesse bem só por escapar do caminho óbvio de toda noite. Uma espera no fim do dia, sabe? Essa espera. Não a espera de uma vida toda sem saber o que buscar pra ser feliz. Só sair do dia igual pra ter uma noite diferente. E tornar esse diferente comum só porque é bom estar perto.

Todo o amor que eu sufoquei por excesso de razão agora grita, escapa, transborda. Estou só numa multidão de amores, assim como Dylan Thomas, assim como Maysa, assim como milhões de pessoas; assim como a multidão de amores está só, em si. Demonstro minha fragilidade, meu desamparo. Eu não procuro alguém pra pentencer e ter posse, só quero uma fonte segura de amor que não dependa das obrigações, das falas decoradas, dos scripts prontos. Eu sei que eu abri mão de várias oportunidades. Sei que fiz pouco caso do amor que me entregaram de maneira pura e gratuita, só porque eu achava que podia encontrar coisa melhor. Se as pessoas estão sempre indo e vindo, eu só queria alguém minimamente eterno em sua duração, que me fizesse parar de achar normal essa história de perder as pessoas pela vida.

Vou embora querendo alguém que me diga pra ficar. Estou sempre de partida, malas feitas, portas trancadas, chave em punho. No fundo eu quero dizer "Me impede de ir. Fica parado na minha frente e fala que eu tenho lugar por aqui, que não preciso abandonar tudo cada vez que a solidão me derruba. Me ajuda a levar a vida menos a sério, porque é só vida, afinal." E acabo calada, porque não faz sentido dizer tudo isso sem ter pra quem.

Eu não quero viver como se sobrevivesse a cada dia que passo sozinha. Não quero andar como se procurasse meu complemento em cada olhar vago. Eu acho que mereço mais que isso por tudo o que eu sei que posso fazer por alguém. E fico só esperando, na surpresa do dia que eu desencanar de esperar, um par de olhos que me faça ficar sem nenhuma palavra, nada além de dois olhos se enlaçando quatro. Nessa multidão de amores, sozinho é aquele que não espera.

quinta-feira, 17 de março de 2011

"X" da questão.

Percebo que meus pensamentos e constatações sobre a minha vida e sobre o que observo ao redor, nunca se concluem quando penso a respeito. Ocorre mais como num estalo, com luzes pulsantes que me mostram o caminho a percorrer até a solução do problema, ou a lógica, que muitas vezes não tem muito a se resolver. Nunca concluo pensamentos quando meu foco é solucioná-los. Tudo acontece quando estou distraída. E percebo que esse é sempre o "x" da questão, a distração.

Depois que você me ensinou a sorrir, eu nunca mais quis parar!

As irônias que a vida nos proporciona.

Agora percebo que isso está mesmo parecendo história de filme, não do tipo clichê, que os personagens mal se conhecem e já se apaixonam, mas uma história mais “vida real” (talvez, por sê-la realmente), com um longo desenrolar, e que os personagens só percebem o tempo perdido, depois que passou. Mas conseguem descobrir que ainda há tempo e que mesmo o “final” já sendo definido pela distância, o filme parece ainda não querer nos dizer quais serão as surpresas que acontecerão no desenrolar da história. Na verdade dessa história não se consegue saber nem mesmo como se dirigirá o amanhã. Mas como de certa forma preferi não ser a diretora ou produtora, e apenas seguir como a personagem e por que não, expectadora também, aguardo da vida e do destino, verdadeiros diretor e produtor, pelos momentos restantes que se seguem desse filme. Posso dizer que tenho medo do fim, e espero que seja um “longo filme”, já que está sendo bem agradável de se ver e participar do roteiro, que é um pouco frustrante, eu diria, mas que me faz aguardar ansiosa pelo amanhã.

Irônico não? Não querer o fim, mas estar ansiosa e a espera do amanhã.
Pois é, esse filme é justamente sobre isso: As irônias que a vida nos proporciona.