quinta-feira, 28 de abril de 2011

Basta esperar.

Igualzinho ao que acontece com todas as pessoas, num trecho ou outro da estrada, eu já senti tanta dor que parecia que os golpes haviam me quebrado toda por dentro. Não sabia se era possível juntar os pedaços, por onde começar, nem se o cansaço me permitiria movimentos na direção de qualquer tentativa. Quando o susto é grande e dói assim, a gente precisa de algum tempo para recuperar o fôlego outra vez. Para voltar a caminhar sem contrair tanto os ombros e a vida. Um espaço para a gente quase se reinventar. O tempo passa. O fôlego retorna. Parece milagre, mas as sementes de cura começam a florescer nos mesmos jardins onde parecia que nenhuma outra flor brotaria. A alma é sábia: enquanto achamos que só existe dor, ela trabalha, em silêncio, para tecer o momento novo. E ele chega.

terça-feira, 26 de abril de 2011

Alice: Quanto tempo dura o que é eterno?
Coelho: Às vezes, apenas um segundo.

Espera.

Quando você vier haverá o encontro da sua busca com a minha espera. E o seu abraço será a moldura do meu corpo. E a minha boca o pretexto para o seu mais demorado beijo. E a gente vai brincar de se desmaterializar dentro da música, de desatar auroras, de escrever poemas de orvalho... E eu vou inventar uma madrugada eterna pra quando você tiver que ir embora no dia seguinte. E você vai inventar um domingo que vai durar pra sempre porque tenho preguiça das segundas-feiras. E a gente vai rir dessa maldade da demora do tempo pra fazer essa brincadeira de desencontro: quase nos deixou descrentes... A gente vai rir dessa maldade porque o nosso amor será a coisa mais bonitinha do mundo.

Terremoto desconhecido.

Sabe de uma coisa? Eu devia era falar menos. Pois é sempre assim e eu já devia estar acostumada, toda vez que falo que sou de uma forma, é como se a vida cochichasse em meus ouvidos, num tom totalmente irônico e sarcástico: "Você vai mesmo continuar achando que é dessa maneira? Que gosta de "x", sendo que existem todas as outras letras do alfabeto por aí, que você mal parou para olhar? Não me diga que não aprendeu absolutamente nada com as ironias que já coloquei em sua vida, você quer mais, é isso? Então lá vai!" E é aí que mora o problema, é aí que existe todo o perigo, o terremoto desconhecido, a avalanche que me aparece sem avisos prévios. Me pegando sempre de surpresa, me dando um chute de esquerda, outro de direita, e eu, totalmente indefesa e em choque pelo susto, não sei se luto, corro ou se me escondo. Eu não sei, nunca sei! Conheço bem o poder das palavras, admiro muito isso. Mas é como se na prática utilizar desse raciocínio fosse bem mais dificil do que na teoria. E atualmente a vida anda querendo me dar mais "experiências próprias" do que provas teóricas de como deve ser o problema. Ela está me mostrando e eu tenho curiosidade e quero ver, só que tenho medo... Aliás, é permitido temer, não é mesmo? Porque eu realmente sinto essa insegurança pelas coisas que não sou bem adaptada, pelo que não está sob meu controle. E ultimamente admito que nem mesmo eu ando me controlando muito bem e isso me apavora de tal forma, ao tempo que me admira ver como tudo está diferente e como estou lidando com isso, mesmo com tropeços, temores, mas estou em pé, viva e pronta pra continuar a batalha da vida.
Afinal de contas ainda tem muito a ser descoberto.

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terça-feira, 19 de abril de 2011

Labirinto.

A ironia de sentir nos prende ao que não sabemos explicar. Ao tempo que nós, ingenuamente, tentamos fugir do que não conseguimos entender. Mas estamos caminhando num labirinto, sem a palavra chave que nos libertará. E enquanto não a encontrarmos, estaremos andando em círculos e chegando sempre ao ponto de partida. Sem evolução alguma.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Não era pra ser.

"Não era pra ser, não, não.
Não ia rolar! Já tivemos tantas chances
mas ninguém quis se entregar".


Voz da estrelas.

Para ouvir as estrelas é preciso tranquilidade. Os adultos, coitados, não podem ouvir a voz das estrelas. Eles são seres perturbados, agitados, não têm tempo, só ouvem barulhos e os programas de televisão. Para se ouvir a voz das estrelas é preciso ser poeta ou criança.

Quem ouve as estrelas fica tranquilo.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Escolha certa.

Às vezes, nós temos que tomar certas decisões que não sabemos ao certo aonde irão nos levar. Quando optamos por uma coisa, automaticamente abrimos mão de outra. Bato sempre na mesma tecla, digo e repito quantas vezes forem necessárias: Nem tudo que achamos que é devidamente certo pra gente, realmente é. Eu gosto dessa coisa de livre-arbítrio, liberdade de expressão. De ser e fazer o que quiser. Cada um tem o direito sobre suas próprias decisões. Não entra na minha cabeça, gente que perde tempo criticando as escolhas alheias, talvez por repudiar isso. Afinal, cada um faz de si, o que lhe convém. E sabe o que é mais triste? Triste é ver que há tanta gente que perde tempo com aquilo que diz não gostar, sabe? Faça a escolha certa! Pare com isso de viver algo que lhe é de fato, cômodo. A vida é muito mais que isso. A felicidade, está bem perto de você, encare os fatos. Basta saber fazer a escolha certa. E o quê é a tão famosa "escolha certa"? Bem, escolha "certa" é aquela que você opta até com os olhos fechados, sem medo do que virá futuramente.

terça-feira, 12 de abril de 2011

Descomplique.

Observando o que acontece ao nosso redor, percebo uma carga de preocupação que excede ao problema em si, excede aos fatos, e as tentativas nas quais deveríamos simplesmente planejar e agir. Ou ao menos saber as limitações de cada circunstância, assim como as nossas e aprender a seguir em frente, entendendo de uma vez por todas que muitas vezes as coisas não serão como queremos que elas sejam.

Mais fácil seria se aprendêssemos a descomplicar.

A vida já é complicada o bastante para querer que nós a deixemos ainda mais difícil de carregar e levar conosco. Aliás, a complicação está em querer carregar o mundo nas costas, sendo que pesa e não é necessário. Entendi isso a pouco tempo, e pretendo colocar em prática essas palavras.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Só eu sei.

Eu disfarço muito e quase ninguém percebe. Tem um monte de gente por aí que acha que me conhece o suficiente. Outros tantos acham que sabem o bastante sobre a minha vida. Entra no meu mundinho quem eu deixo. Acho que a gente não deve escancarar a vida, tem coisa que é só nossa e de mais ninguém. Quanto mais a gente dá liberdade para os outros mais eles se sentem no direito de se intrometer e meter o bedelho. Não gosto, pois da minha vida cuido eu. Das minhas coisas só eu sei.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Rio e me sinto mar.

Uma das mais saborosas sensações de liberdade que eu conheço é flagrar meu coração feliz sem precisar de nenhum motivo aparente. De vez em quando, a mente, que tantas vezes mente, me permite lembrar que essa felicidade essencial está o tempo todo disponível, preservada, por trás das nuvens que a negatividade infla. Rio e me sinto mar.

terça-feira, 5 de abril de 2011

Sintonia.

Sintonia é algo realmente engraçado, você pode até não ser parecido com a pessoa e mesmo assim sentir que de alguma forma, naqueles momentos, vocês estão interligados por algo maior que o explicável por nós. Sintonia é diferente de compatibilidade, coisas em comum, é mais surreal do que isso, mais inesperado e surpreendente. É algo mais raro, no qual a gente sempre espera que exista alguma explicação por trás, algo mágico que nossos olhos, um tanto descrentes, ainda não estão preparados para perceber.

Quem sabe um dia? Quem sabe um dia...

segunda-feira, 4 de abril de 2011