terça-feira, 26 de abril de 2011

Terremoto desconhecido.

Sabe de uma coisa? Eu devia era falar menos. Pois é sempre assim e eu já devia estar acostumada, toda vez que falo que sou de uma forma, é como se a vida cochichasse em meus ouvidos, num tom totalmente irônico e sarcástico: "Você vai mesmo continuar achando que é dessa maneira? Que gosta de "x", sendo que existem todas as outras letras do alfabeto por aí, que você mal parou para olhar? Não me diga que não aprendeu absolutamente nada com as ironias que já coloquei em sua vida, você quer mais, é isso? Então lá vai!" E é aí que mora o problema, é aí que existe todo o perigo, o terremoto desconhecido, a avalanche que me aparece sem avisos prévios. Me pegando sempre de surpresa, me dando um chute de esquerda, outro de direita, e eu, totalmente indefesa e em choque pelo susto, não sei se luto, corro ou se me escondo. Eu não sei, nunca sei! Conheço bem o poder das palavras, admiro muito isso. Mas é como se na prática utilizar desse raciocínio fosse bem mais dificil do que na teoria. E atualmente a vida anda querendo me dar mais "experiências próprias" do que provas teóricas de como deve ser o problema. Ela está me mostrando e eu tenho curiosidade e quero ver, só que tenho medo... Aliás, é permitido temer, não é mesmo? Porque eu realmente sinto essa insegurança pelas coisas que não sou bem adaptada, pelo que não está sob meu controle. E ultimamente admito que nem mesmo eu ando me controlando muito bem e isso me apavora de tal forma, ao tempo que me admira ver como tudo está diferente e como estou lidando com isso, mesmo com tropeços, temores, mas estou em pé, viva e pronta pra continuar a batalha da vida.
Afinal de contas ainda tem muito a ser descoberto.

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