quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Prece.

Eu peço a Deus tudo o que eu quero e preciso. É o que me cabe. Ser ou não ser atendida - isso não cabe a mim, isso já é matéria-mágica que se me dá ou se retrai. Obstinada, eu rezo. Eu não tenho o poder. Tenho a prece.

Infinito.

e assim será, você sabe.
Tão correto e tão bonito, o infinto é realmente um dos Deuses mais lindos!

A menina que queria morar na Lua.


Aparentemente era uma garota qualquer, mas só ela sabia o quanto não conseguia se adequar ao mesmo mundo que todos viviam. De certa forma, sempre soube ou pelo menos supôs que pudesse haver outro lugar, outro planeta, ou nesse caso, outro satélite, que satisfizessem seus sonhos planejados, idealizados, porém inacabados, por falta de um chão diferente desse que ela costumava pisar. Sonhar era o que ela mais costumava fazer. Sonhava dormindo, acordada, enquanto lia, ouvia suas canções preferidas, quando não tinha nada pra fazer e até mesmo quando tinha. Esse foi o modo que a garota encontrou de se sintonizar com um mundo que a fazia sentir-se livre, que a compreendia, ao mesmo tempo em que fazia sentido para ela também. Depois de encontrar esse lugar, ela entendeu que não precisava de muito além disso, pelo menos não aqui, onde tudo era tão complicado. Aquele era seu mundo secreto, onde tudo que ela precisava, que de certa forma não era muito, existia e estava a disposição da sua imaginação. E imaginar era tudo que ela mais amava fazer. Cada vez ela sonhava mais alto, entre cem andares, ela desejava estar no cento e um. E isso lhe fascinava, era o seu poder mágico, seu pó de pirlimpimpim, sua válvula de escape. E as pessoas não entendiam porque ela era tão introspectiva, achavam que ela estivesse sempre triste e para as poucas pessoas que ela tentou explicar sobre seu mundo, elas não a compreendiam. Mas na verdade ela nunca quis que compreendessem realmente. A diversão para ela, era que fizesse sentido em sua cabeça e isso lhe bastava.