quinta-feira, 22 de abril de 2010

Dia de merda.

Hoje estou tão em baixo que não vou falar sobre o que me aflige. Não vou falar sobre a vontade de chorar que ocupou tantos minutos deste dia. Nem vou falar do sentimento de fraqueza que me cortou a alma, nem da sensação de que todos os anjos conspiram contra mim e testam a minha persistência, nem da tristeza que a maldade e inveja me provocam. Não vou falar do medo de ficar sozinha entre tanta gente, porque parece uma frase tão banal. Tão pouco vou falar sobre a angústia que me oferece pesadelos algumas noites. Não vou falar da necessidade de depender de alguma coisa, para acordar todos os dias e me concentrar nesse ponto, sem saltar para a estrada e ser atropelada pelos meus próprios fantasmas. Não quero falar de mim hoje porque corro o risco de escrever alguma tragédia de novela mexicana.
Juliane Moura.