segunda-feira, 28 de março de 2011
Complicando.
Que palpitação diferente no coração. Que sensação incomum na boca do estômago. Não, não estou falando dos "disparos no coração" e das "borboletas no estômago", até porque isso é comum. Falo de outra coisa, que não faz muito sentido e não vem com um sentido próprio. E como muitos dos nossos sentimentos, (na realidade, a maioria deles), esses não vem etiquetados e agrupados em gavetas coloridas, para facilitar na identificação de suas diferentes reações. Esses sentimentos que estou dizendo, apenas surgem, aparecendo do nada e nos fazendo pensar: Afinal, quem é você? E o que faz aqui, dentro de mim? Eu por acaso te convidei para entrar e não me lembro, ou você entrou escondido, sem me avisar? Sinto que não dá para organizar essas sensações intraduzíveis. E mesmo assim, eu que tenho mania de analisar tudo, não deixo isso passar despercebido e sempre complico mais, o que já é naturalmente complicado.
sexta-feira, 25 de março de 2011
Você, eu.. tanto faz!
Ah, e antes que eu me esqueça, você é sempre você mesma. Não importa a ocasião.
Aceitar é ser feliz.
quarta-feira, 23 de março de 2011
segunda-feira, 21 de março de 2011
Borboleta.
Não achei um jeito melhor pra começar esse post. Mas porque borboleta? Porque é assim que eu te vejo. Você sempre sai por aí voando de flor, em flor. Até encontrar aquela que você sinta segurança pra pousar e descançar. Tem vezes que você permanece na pétala por mais tempo. Porém, outras vezes você a deixa e alça vôo. Você costuma ser do tipo constante, sempre vôa em busca daquilo que te fazer sorrir. Ou se entrega completamente aquela florzinha, ou não entrega nada. É linda, colorida e por onde passa, atrai olhares de todos. Uns a admiram pelo dom que você tem de trazer sorrisos e pela facilidade que você tem de alegrar a vida de qualquer um ao seu redor. Confesso que eu também te admiro por isso. Mas, principalmente por você ter asas tão grandes e lindas. Por você não ter medo de voar mundo à fora. Por essa sua coragem, essa força de vontade. Não esquece que antes de virar uma linda borboleta, você era uma lagarta. Precisou passar por um longo ciclo até isso acontecer. Mas chegou aonde você queria estar. Daqui da minha janela, eu posso ver quão alto você chega. E posso ficar horas admirando, de tão belo que é. Não esquece das suas asas, borboleta. Você não precisa que ninguém te carregue no colo. Você sabe voar sozinha. E quando se machucar, finja que é uma flor e deixa que o vento te tire para dançar. Vai continuar voando do mesmo jeito, só que dessa vez, com a ajuda do vento. Nesse caso, pode me chamar de vento. Mesmo que você não me veja, feche os olhos e sinta. Não esquece de todas essas palavras que eu acabei de lhe escrever. Coragem! A vida é muito mais do que a gente imagina. E você, ainda tem muito que voar e trazer alegria a vida de todos que estão perto de ti. Te amo muito minha borboleta!
domingo, 20 de março de 2011
Minha maior paixão.

Dona lagarta.
- Alice no país das maravilhas.
Tudo se revela.

sábado, 19 de março de 2011
Só uma multidão de amores:

Eles não estavam trocando juras de amor, não andavam de mãos dadas, nem se chamavam por nomes infantis. Não tinha pieguice romântica ali. Mas foi a cena mais doce que eu vi: dois olhares se encontrando. Não só se encontrando: se confortando, se sabendo, se completando. Eu notei que eles eram algo além de amigos, que se desejavam e se protegiam, e foi só pela cumplicidade dos olhos, que deixavam de ser dois e se enlaçavam quatro.
Eu quis então ter um olhar pra mim. Não alguém pra chamar de meu, como diz o clichê, como grita a conveniência, mas um olhar que fosse meu por puro encaixe. Foi um pouco de inveja, talvez. Eu soube naquelas duas pessoas que elas não se sentiam sozinhas ou perdidas. Que mesmo depois de um dia cheio e chato, tinham uma certeza de carinho. E eu quis. Quis algo além da rotina do trabalho e gente fabricada com seus narizes perfeitos e cabelos penteados. Quis algo certo como o frio na barriga e a respiração travada, o coração esquecendo de bater. Quis algo errado que me fizesse bem só por escapar do caminho óbvio de toda noite. Uma espera no fim do dia, sabe? Essa espera. Não a espera de uma vida toda sem saber o que buscar pra ser feliz. Só sair do dia igual pra ter uma noite diferente. E tornar esse diferente comum só porque é bom estar perto.
Todo o amor que eu sufoquei por excesso de razão agora grita, escapa, transborda. Estou só numa multidão de amores, assim como Dylan Thomas, assim como Maysa, assim como milhões de pessoas; assim como a multidão de amores está só, em si. Demonstro minha fragilidade, meu desamparo. Eu não procuro alguém pra pentencer e ter posse, só quero uma fonte segura de amor que não dependa das obrigações, das falas decoradas, dos scripts prontos. Eu sei que eu abri mão de várias oportunidades. Sei que fiz pouco caso do amor que me entregaram de maneira pura e gratuita, só porque eu achava que podia encontrar coisa melhor. Se as pessoas estão sempre indo e vindo, eu só queria alguém minimamente eterno em sua duração, que me fizesse parar de achar normal essa história de perder as pessoas pela vida.
Vou embora querendo alguém que me diga pra ficar. Estou sempre de partida, malas feitas, portas trancadas, chave em punho. No fundo eu quero dizer "Me impede de ir. Fica parado na minha frente e fala que eu tenho lugar por aqui, que não preciso abandonar tudo cada vez que a solidão me derruba. Me ajuda a levar a vida menos a sério, porque é só vida, afinal." E acabo calada, porque não faz sentido dizer tudo isso sem ter pra quem.
Eu não quero viver como se sobrevivesse a cada dia que passo sozinha. Não quero andar como se procurasse meu complemento em cada olhar vago. Eu acho que mereço mais que isso por tudo o que eu sei que posso fazer por alguém. E fico só esperando, na surpresa do dia que eu desencanar de esperar, um par de olhos que me faça ficar sem nenhuma palavra, nada além de dois olhos se enlaçando quatro. Nessa multidão de amores, sozinho é aquele que não espera.
Eu quis então ter um olhar pra mim. Não alguém pra chamar de meu, como diz o clichê, como grita a conveniência, mas um olhar que fosse meu por puro encaixe. Foi um pouco de inveja, talvez. Eu soube naquelas duas pessoas que elas não se sentiam sozinhas ou perdidas. Que mesmo depois de um dia cheio e chato, tinham uma certeza de carinho. E eu quis. Quis algo além da rotina do trabalho e gente fabricada com seus narizes perfeitos e cabelos penteados. Quis algo certo como o frio na barriga e a respiração travada, o coração esquecendo de bater. Quis algo errado que me fizesse bem só por escapar do caminho óbvio de toda noite. Uma espera no fim do dia, sabe? Essa espera. Não a espera de uma vida toda sem saber o que buscar pra ser feliz. Só sair do dia igual pra ter uma noite diferente. E tornar esse diferente comum só porque é bom estar perto.
Todo o amor que eu sufoquei por excesso de razão agora grita, escapa, transborda. Estou só numa multidão de amores, assim como Dylan Thomas, assim como Maysa, assim como milhões de pessoas; assim como a multidão de amores está só, em si. Demonstro minha fragilidade, meu desamparo. Eu não procuro alguém pra pentencer e ter posse, só quero uma fonte segura de amor que não dependa das obrigações, das falas decoradas, dos scripts prontos. Eu sei que eu abri mão de várias oportunidades. Sei que fiz pouco caso do amor que me entregaram de maneira pura e gratuita, só porque eu achava que podia encontrar coisa melhor. Se as pessoas estão sempre indo e vindo, eu só queria alguém minimamente eterno em sua duração, que me fizesse parar de achar normal essa história de perder as pessoas pela vida.
Vou embora querendo alguém que me diga pra ficar. Estou sempre de partida, malas feitas, portas trancadas, chave em punho. No fundo eu quero dizer "Me impede de ir. Fica parado na minha frente e fala que eu tenho lugar por aqui, que não preciso abandonar tudo cada vez que a solidão me derruba. Me ajuda a levar a vida menos a sério, porque é só vida, afinal." E acabo calada, porque não faz sentido dizer tudo isso sem ter pra quem.
Eu não quero viver como se sobrevivesse a cada dia que passo sozinha. Não quero andar como se procurasse meu complemento em cada olhar vago. Eu acho que mereço mais que isso por tudo o que eu sei que posso fazer por alguém. E fico só esperando, na surpresa do dia que eu desencanar de esperar, um par de olhos que me faça ficar sem nenhuma palavra, nada além de dois olhos se enlaçando quatro. Nessa multidão de amores, sozinho é aquele que não espera.
quinta-feira, 17 de março de 2011
"X" da questão.
Depois que você me ensinou a sorrir, eu nunca mais quis parar!
As irônias que a vida nos proporciona.

Irônico não? Não querer o fim, mas estar ansiosa e a espera do amanhã.
Pois é, esse filme é justamente sobre isso: As irônias que a vida nos proporciona.
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