sábado, 29 de maio de 2010

Sem limite.

Eu não entendo como você consegue dormir. Como todos conseguem dormir. Eu escuto o barulho da chuva, os ponteiros do relógio se arrastando. Eu me destraio com o medo. As minhas noites são parte de uma rotina que aparece quando o sol se esconde. Cada vez que me deito peço a mesma coisa: peço que não seja dia, que pra essa alma não exista amanhã. Então eu me lembro que vivo exposta a perigos, e me pergunto se não seria o destino quem me protege deles. Porque eu penso em liberdade, penso no ar. Em voar no ar. O meu fim é o céu, é a eternidade.
Ju moura.